Autor: Rafael Hackbarth
Nos dias atuais, surgem cada vez mais, novas concepções
metodológicas sobre o processo de ensino aprendizagem dos jogos desportivos
coletivos dentro do contexto esportivo e escolar.
Métodos
estes, que veemente centralizam o jogo como ferramenta fundamental no processo
de ensino aprendizagem. Gerando por meio deste, desafios e conflitos no
processo pedagógico-didático, proporcionando assim, a criação de situações
problema e adaptações nos aprendizes através da alteração de regras e dinâmicas
de jogo para os indivíduos inseridos num determinado ambiente.
Entretanto
ao abordar esta forma de ensino, o professor/educar deve estar consciente de
que só promoverá alguma adaptação e favorecerá o aprendizado de determinadas
habilidades alterando este ambiente de aprendizagem, ou melhor, proporcionando
diferentes ambientes de jogo para o jovem aprendiz se defronte com diferentes
situações, na qual deverá coordenar suas ações a fim de resolver os problemas
emergentes do jogo.
Neste
contexto, é de suma importância o papel do professor, onde este por sua vez, é
aquele que apresenta o nível do desafio proposto, devendo, portanto, saber
gerenciar o que acontece e tornar o meio o mais favorável possível para
reflexões e descobertas. (NEIRA apud MOREIRA, E. C.; PEREIRA, R. S.; LOPES, T.
C, 2009, p.159).
Surgem
então neste contexto, os jogos reduzidos e adaptados, onde através da
sistematização do exercício/atividade viabiliza-se problematizar o jogo de uma
forma pedagógica, ou seja, através da manipulação de sua estrutura
organizacional e de suas constantes estruturais (espaço de jogo),
funcionalidade (tempo/duração), do seu nível informacional (feedback/comunicação).
Impondo
através da alteração das relações estabelecidas no exercício em forma de jogo e
propondo condicionantes para que o sujeito consiga elaborar suas ações em prol
da resolução de problemas surgidos que vão de encontro às características
primordiais dos jogos desportivos coletivos. (JDC)
Os jogos
desportivos coletivos caracterizam-se, entre outros fatores pela aciclicidade
técnica, por solicitações e efeitos cumulativos morfológico-funcionais e
motores e por uma intensa participação psíquica. (Teodorescu, 1985)
A natureza
dos jogos esportivos é muito ampla, possuindo ao seu redor a imprevisibilidade
a aleatoriedade, o equilíbrio e o desequilíbrio, ordem e desordem, organização
e interação.
Os jogos
reduzidos são atividades eficientes em termos de aproveitamento de tempo e a
duração das aulas. Estes, por sua vez, devem ser amplamente utilizados nas
aulas de Educação Física, por permitirem aos iniciantes vivenciarem situações
problema que resultarão no aprendizado das habilidades que vão de encontro aos
objetivos propostos pelo educador.
Portanto,
a utilização destes jogos assume então um papel importante no processo de
ensino aprendizagem das modalidades esportivas, pois permitem de certa forma a
continuidade das ações, um melhor domínio perceptivo do espaço e possibilitam
um número bastante alto de intervenções no objeto de jogo em várias situações
diversificadas favorecendo a aquisição das habilidades motoras necessárias por
parte do aprendiz.
Referências:
MOREIRA,
E. C.; PEREIRA, R. S.; LOPES, T. C. Consolidando caminhos e caminhadas da
Educação Física nas séries finais do Ensino Fundamental. In: MOREIRA, E. C.;
NISTA-PICCOLO, V. L. (orgs) O quê e como
ensinar Educação Física na escola. Jundiaí, S.P.: Fontoura, 2009. p.
151-176.
TEODORESCU,
L. Contributions au concept de jeu
sportif collectif. In: Proceedings of
International Congres Of Teaching Tearn Sports. Roma: Scuolla dello
Sport. p.193, 1985.
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