sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O que é Pedagogia Do Esporte?


Autor: Rafael Hackbarth
Pedagogia Do Esporte. Qual Seu Significado? Sua Caracterização? Qual Sua Finalidade?
O Esporte Como Uma Ciência!
                                  Para disseminarmos um significado caracterizando a “pedagogia do esporte” precisamos percorrer alguns caminhos e irmos à busca de alguns significados para que assim, consigamos ter uma compreensão sobre o objeto de estudo.
                                  Contudo, primeiramente para que consigamos ter um melhor entendimento, iremos fracionar o estudo e conceituar a palavra “pedagogia” estabelecendo seu campo de investigação e significado.
                                  Com isso Durkhein apud Reverdito & Scaglia (2009) buscando um conceito específico sobre a pedagogia afirmou que esta é a reflexão – teoria prática e prática teórica – de forma metódica dos diversos campos de estudos relacionados à educação; é estudo do ensino – historicidade – na busca de uma ideal pedagógico.
                                  Seguindo esta linha de pensamento Reverdito & Scaglia (2009) ainda citam que a esta estabelece seu campo de investigação – científico, filosófico e técnico – nos diferentes aspectos relacionados à realidade educacional, em constante transformação – saber sócio-histórico -, podendo, assim, explicar os objetivos (por quê?, para quê?) e processos de intervenção metodológica (como?) e organizativa (o quê?, quando?) referentes à transmissão-assimilação de saberes e modos de ação.
                                  Com isso é possível salientar que a pedagogia do esporte está justamente voltada ao estudo e/ou a busca por caminhos e processos pedagógicos facilitando as formas de ensino. Então seria esta, no gênese de caracterização, um meio a dar conta de educar o sujeito/indivíduo para a prática esportiva.
                                  Assim, as práticas de ensino carregam consigo muitas responsabilidades voltadas não somente ao ensino do esporte, mas sim aos indivíduos que o praticam, fazendo uso do esporte como mais um ótimo e eficaz elemento de formação humana.
                                  De encontro a este pensamento, volto no tempo e me alimento das palavras de Scaglia (1999), no qual aborda um pouco mais sobre o ato de ensinar:
                                  Salientando que ensinar não é, e nunca será, tarefa simples e desprovida de responsabilidades. Ao ensinar tem-se o compromisso com o formar. Formar o cidadão que, para se superar e ser sujeito histórico no mundo, necessita desenvolver sua criticidade, sua autonomia, sua liberdade de expressão, sua capacidade de reflexão, sintetizando sua cidadania. Assim sendo, aluno/sujeito/cidadão, lapidado por quem ensina, não será mais aquele que simplesmente se adapta ao mundo, mas o que se insere, deixando sua marca na história. (SCAGLIA, 1999, p. 26)
                                  A prática educativa intencional deve ir de encontro a uma pedagogia, e se sobrepor unicamente ao saber técnico-esportivo, mas sim, alicerçada no indivíduo que joga buscando a formação de um ser autônomo capaz de transformar sua realidade e o mundo em que vive.
                                  Portanto com todas essas possibilidades, e com enorme caracterização político sociocultural, o esporte se torna um objeto de conhecimento dentro da área das “Ciências Do Esporte” contemplado de várias responsabilidades, para ensinar o esporte para todos, ensiná-lo bem, ensinar mais do que ele próprio e ensinar a gostar de esporte. (FREIRE, 2002)
Referências Bibliográficas
FREIRE, J.B. (2002). Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. 4ª ed. São Paulo: Scipione.
REVERDITO, Riller Silva; SCAGLIA, Alcides José. Pedagogia do esporte: jogos coletivos de invasão. São Paulo: Phorte, 2009. 264p. ISBN: 978-85-7655-210-9.
SCAGLIA, A.J. (1999). O futebol que se aprende e o futebol que se ensina. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas.                       

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Trabalho de Preparação Geral e Específico - Potência Aeróbia



Autor: Rafael Hackbarth

Método De Treinamento
Sistema De Treinamento
Objetivo
Meio
Caracteristicas Do Trabalho

Fracionado


- Circuitos De Jogos Técnico Táticos
- Corridas Intervaladas

- Geral
- Específico

- Geral
- Específico
- 1 Série
- 8 Exercícios
- 3’ Esforço
- 2’ Recuperação


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Somente Jogos Serão Capazes De Resolver Nossos Problemas Da Prática?


Somente Jogos Serão Capazes De Resolver Nossos Problemas Da Prática?
Autor: Rafael Hackbarth.

            Serão Capazes Somente Os Jogos De Resolver Nossos Problemas Na Praxis Pedagógica Do Ensino Dos Jogos Desportivos Coletivos De Invasão?

            Os Jogos Coletivos De Invasão são contemplados por todos aqueles jogos coletivos que envolvem progressão no campo de jogo e alvos a atacar e a defender. Dentre eles posso citar; o futebol, o futsal, handebol, basquetebol, hóquei, seja no gelo ou na grama, rúgbi e futebol americano.
                         
         Além disso, ambos os jogos são marcados pela alta intensidade e quantidades de ações por unidade de tempo, ocorridas num ambiente aleatório, acontecimental e totalmente imprevisível, dotados de ritmos contínuos e variados, resultantes de conflitos alternados em decorrência dos objetivos de jogo, determinados por uma dimensão espaço temporal, contemplado de uma natureza totalmente complexa. (R everdito & Scaglia 2009, p. 183  )
          
         Torna-se então de grande importância conhecer os parâmetros configuradores da estrutura funcional de cada jogo para que consigamos construir uma matriz pedagógica para ensino dos mesmos.
     
       Dentro desta matriz pedagógica, é aconselhável que haja uma sistematização dos conteúdos desenvolvendo assim nos praticantes a “Capacidade Do Jogar”, num ambiente em que exija dos praticantes um número elevado de decisões a tomar em decorrência dos confrontos, objetivos e fases do jogo.
     
     Desde já posso salientar que só conseguiremos propiciar maior “Capacidade De Jogo” em nosso aprendiz, colocando-o num ambiente de jogo, facilitando assim para o sujeito melhor compreensão do jogo permitindo identificar  as intenções dos outros jogadores, promovendo uma interação coletiva com seus companheiros e adversários tomando assim decisões cada vez mais rapidamente, obtendo desta forma, a chamada inteligência de jogo.

        Isso quer dizer que só construiremos tal capacidade nos indivíduos expondo-os ao Jogo. Quanto a este, vários autores mencionam diferentes nomenclaturas para os mesmos: Jogos Condicionantes, Jogos Adaptados, Jogos Modificados, Jogos Conceituais, Jogos Reduzidos e entre outros.

         Para nós o que realmente importa é que sejam “Jogos”. Mas agora, um pergunta fica no ar:

- Serão Capazes Somente Os Jogos Sejam Eles Reduzidos, Adaptados, Conceituais, Condicionantes e/ou Modificados De Resolver Nossos Problemas Voltados a Praxis Pedagógica Do Ensino Dos Jogos Desportivos Coletivos De Invasão?
            A resposta se torna óbvia. É Claro Que Não!

            O que precisamos para que estes jogos se tornem eficientes é dotá-los de uma matriz pedagógica dentro de um processo estrutural, numa carga de dificuldades na mesma sessão que vão progredindo de tarefa para tarefa e que ao final de tudo consigamos atingir nossos objetivos com aquela Sessão/Aula.

            Iremos conseguir isso das mais variadas formas; manipulando regras, condicionando comportamentos, reduzindo espaços para que a densidade das ações aumente concomitantemente, enfim, modificando as capacidades estruturais do jogo em prol daquilo que buscamos.

            O handebol faz parte do quadro designado de Jogos desportivos De Invasão, e através desta modalidade buscarei exemplificar uma Sessão, em que o objetivo é propiciar, através de jogos, vivências para meus aprendizes possam, por sua vez, melhorar suas habilidades e ações de arremesso.

Confira:



            Na primeira atividade, escolhemos um aprendiz, que deverá evitar que os demais acertem-no com a bola. Os outros, por sua vez, não podem correr ou se deslocar com a bola nas mãos somente sem ela.

            Uma das modificações estruturais que podemos realizar no jogo é a colocação de maior número de objetos de jogo (bola).

            Ou então, maior número de alvos.


            Envolvendo  maior dinâmica e intensidade ao Jogo.

            Outra alteração possível de ser feita é uma alteração no Jogo propriamente dito, dando maior complexidade ao mesmo.
           
            Jogo De Três Cores, onde duas equipes jogam a favor e em oposição a terceira, no caso  Azul + Vermelho Contra Coringas.
          
            O objetivo é acertar os Coringas de forma com que consiga-se eliminar todos.

            Podemos variar as equipes que jogam entre si e contra.
           
            Número Dos Objetos De Jogo.

            E por último buscando aumentar ainda mais a complexidade da Atividade proponho um Jogo De 4 Equipes, em que 2 Equipes Jogarão Em Oposição a Outras 2.
            Formando assim um 2 + 2 X 2 + 2 alterando assim o exercício para níveis cognitivos muito maiores.

            Veja:



            Bom Trabalho a Todos!

Se optarem e quiserem me enviar comentários: rafael_hackbarth@hotmail.com
             
            Um Grande Abraço!
                                  Referências Bibliográficas
                                  REVERDITO, Riller Silva; SCAGLIA, Alcides José. Pedagogia do esporte: jogos coletivos de invasão. São Paulo: Phorte, 2009. 264p. ISBN: 978-85-7655-210-9.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tarefa Para Trabalhar a Potência Aeróbia



Tarefa Para Trabalhar a Potência Aeróbia
Autor: Rafael Hackbarth

            É certo afirmar que uma boa base aeróbia como passos prévios para os posteriores esforços anaeróbios se mostram bastante importantes.
            Com este artigo pretendo abordar uma perspectiva prática de trabalho para a potência aeróbica no desporto do futebol, no qual se apresenta como uma manifestação de resistência extremamente importante para os futebolistas do alto rendimento.
            Apesar de que na literatura possamos encontrar vários trabalhos sobre a preparação física do futebolista, antes de montar qualquer trabalho devemos levar em conta à especificidade do mesmo.
            No momento atual estamos vivenciando em nosso esporte uma excessiva especificidade na preparação física, principalmente quando falamos de ‘Esportes Coletivos, por isso é fundamental levarmos ao ambiente de treino os mesmos comportamento/formações/ações/atitudes que queremos de nossos atletas no jogo.
            A potência aeróbia se caracteriza como a capacidade de o futebolista realizar trabalhos físicos através da utilização da via aeróbia com a maior intensidade possível.
            Veja o quadro abaixo:

CAPACIDADE DE
RESISTÊNCIA
TEMPO DE TRABALHO
TEMPO DE RECUPERAÇÃO
REPETIÇÕES
NÚMERO DE JOGADORES
ESPAÇO DE JOGO
Capacidade aeróbica
+8
2 -3
1-2
6x2; 7x2 ; 8x2
8x8m; 10x10m.
Potência aeróbica
3-8
3-4
2-3
7x2 ; 7x3; 6x4
10x10m; 12x12m.
Capacidade anaeróbica láctica
45”-2
2-4
4-5
2x2 + 2 ; 3x3 + 3
15x15m; 20x20m.
Potência anaeróbica láctica
25”-45”
2-4
4-5
2x2 + 2 ; 3x3 + 3
20x20m: 25x25 m.
Capacidade anaeróbica alática
10-25”
1-2
16-20
3x1; 4x2
20x20m; 25x25 m.
Potência anaeróbica alática
3”-10”
45”
16-20
3x1; 4x2
20x20m: 25x25 m.
            

OBJETIVO FISIOLÓGICO
DURAÇÃO DO TRABALHO
EFEITOS FISIOLOGICOS
POTÊNCIA ALACTICA (PAL)
0 - 10 "
Pico da degradação do fosfato de creatina. Logro da potência metabólica máxima.
CAPACIDADE ALACTICA (CAL)
0 - 20"
A duração mais longa na que a potência alactica pode manter-se próxima ao máximo.
POTÊNCIA LACTICA (PLA)
0 - 45"
Pico de obtenção do ritmo máximo produção de lactato.
CAPACIDADE LACTICA (CLA)
1' - 3'
Duração mais longa na que a glicólise permanece válida como fonte principal de obtenção de energia.
POTÊNCIA AEROBICA (PAE)
2' - 3'
O menor tempo em que podemos obter o máximo consumo de oxigênio.
CAPACIDADE AEROBICA (CAE)
2' - 10'
A duração de mantimento do consumo máximo de oxigênio.
EFICIENCIA AEROBICA (EAE)
10' - 30'
Velocidade que corresponde ao AUN.

            Agora visualize uma tarefa, em que busco trabalhar a Potência Aeróbia numa Sessão De Treinamento:


Bobinho/Rondo De 6X2:

Objetivos: Propiciar Uma Melhora Gradativa Na Potência Aeróbia.

Adaptação Biológica: Força Específica – Potência Aeróbia.

Descrição:
- Bobinho/ Rondo De 4 X 2

- Cada vez que um futebolista toca na bola deverá correr e encostar com uma de suas mãos um dos cones situados fora do quadrante.

- Os “Defensores” permanecem na posição até terminar o tempo estipulado de trabalho e após isso, fazemos as trocas dos Defensores.

- Procurar posicionar várias bolas no local do exercício, facilitando maior continuidade das ações e intensidade do exercício.